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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estiilos Barroco e Manuelino

>ESTILO BARROCO

O Barroco foi um estilo artístico marcadamente do século XVIII e característico das monarquias absolutistas. Este fez-se sentir nas mais variadas formas de arte: arquitectura, pintura, escultura, literatura, musica teatro, ópera.
Surgindo depois do Renascimento este estilo tem características muito próprias como, por exemplo, a amplitude, o movimento, o exagero nas formas e a teatralidade.

Características gerais do barroco

Apesar das diferentes interpretações que se verificaram nos diferentes países e regiões, determinadas por diferentes contextos políticos, religiosos e culturais, este estilo apresentou algumas características comuns, como:
- a tendência para a representação realista;
-a procura do movimento e do infinito;
-a tentativa de integração das diferentes disciplinas artísticas;
-emocional sobre o racional: o seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio;
-busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
-violentos contrastes de luz e sombra;
-pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida;
-a amplitude, a contorção e a exagerada riqueza ornamental, ausência de espaços vazios e o gosto pela teatralidade.

O mais influente pintor deste período foi o italiano Caravaggio, famoso pelas pinturas religiosas nas quais os contrastes entre a luz e sombra na modelação dos corpos e dos espaços introduz uma atmosfera dramática de intensa espiritualidade.

MANUELINO

O manuelino distingue-se na arquitectura e escultura. Integra-se no gótico tardio ou flamejante e caraqueteriza-se por monumentos com portas e janelas largamente ornamentadas com motivos marítimos. Avulta no manuelino a figura do arquitecto Diogo Boitaca, e são exemplos de manuelino uma janela do Convento de Cristo em Tomar, a Igreja dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa o Mosteiro de Jesus em Setúbal a Igreja de S. Francisco no Porto(só no exterior) entre outros.

O manuelino não é um "estilo", pois abrange apenas a arquitectura e a decoração arquitectónica. Se fosse um estilo, como falamos do "estilo gótico" ou do "estilo barroco", teria de haver, também, uma pintura manuelina, uma literatura manuelina e uma música manuelina. O que se passa, de facto, é que este gosto de fazer e de decorar edifícios, ocorrido entre os finais do reinado de D. João II e os finais do reinado de D. Manuel I, foi paralelo ao desenvolvimento de uma pintura de influência flamenga e à introdução de um novo "estilo" em Portugal, o renascimento, que afectou os vários géneros artísticos e que até soube conviver harmoniosamente com o próprio manuelino como, por exemplo, no mais famoso edifício deste período: o mosteiro dos Jerónimos. Por outro lado, nos finais do séc. XV e princípios do séc. XVI ocorriam em Portugal sobrevivências do gótico final.

Dados essenciais sobre o manuelino, que nas aulas e visita de estudo serão tratados com profundidade:

1 - O manuelino não é um estilo mas sim uma arte de construir e de decorar edifícios;
2 - O seu período de esplendor corresponde ao reinado de D. Manuel I, grosso modo compreendendo o primeiro quartel do séc. XVI;
3- O manuelino não é uma glorificação das "descobertas" e dos navegadores, mas glorifica sim a natureza, a fauna e a flora locais e sofre influências das artes efémeras, como era comum na época;
4- A principal inovação arquitectónica do manuelino é a abóbada rebaixada, de combados, única para as três naves, que estão à mesma altura, propondo uma forma engenhosa de unificação espacial;
5- As únicas igrejas manuelinas com todas estas inovações combinadas são: Stª Mª de Belém e as matrizes de Arronches e de Freixo-de-Espada à Cinta;
6- O arquitecto mais notável do manuelino foi João de Castilho;
7- A iconografia da heráldica, no manuelino, exalta a figura e o poder do rei;



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